domingo, 1 de julho de 2012

Crônica: Jacos Pastorius

Tenho alguns amigos baixistas profissionais os quais sem dúvida alguma estão entre os melhores do Brasil e quem sabe do mundo. Entre eles posso citar Ney Conceição, Arthur Maya, Jefferson Lescowich, e outros mais.
No entanto, no dia de hoje, resolvi escrever, sobre ao meu ver, o mais inusitado dos baixistas de todos os tempos.
Nascido na Pensilvânia em dezembro de 1951 (não por acaso no ano em que Léo Fender inventou o Contrabaixo Elétrico) e falecido em setembro de 1987 na Flórida,  John Francis Anthony Pastorius III revolucionou a forma de tocar o instrumento.
Seu estilo descontraído e descolado dos métodos tradicionais fazia com que seu toque musical fosse cada vez mais diferenciado, o que lhe rendia uma performance exclusiva.
Pelo seu jeito um tanto quanto excêntrico e intolerante, por várias vezes teve problemas de relacionamento pelas bandas por onde passou, e principalmente com os empresários e executivos das grandes gravadoras.
Independentemente do seu humor e do seu padrão de relacionamento, o que mais importa foi o legado que ele nos deixou em termos de percepção, inovação e talento, para conduzir de forma destacada um instrumento que até então se restringia a marcação e acompanhamento musical, e explorá-lo de tal modo a ponto de, em dado momento, retirar seus trastes para produzir um som que fosse diferente, e que representasse o contato direto entre as cordas e a madeira.
Certamente, Pastorius influenciou e continuará influenciando músicos em todo o mundo por muito tempo, extrapolando a exclusividade do instrumento, demonstrando que sua genialidade nunca se preocupou em conhecer o caminho da limitação criativa.  

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