domingo, 19 de maio de 2013

Perdeu Playboy...!

Numa das minhas caminhadas esta semana na hora do almoço pelo centro da cidade, presenciei algo bastante lamentável: Duas crianças, que não tinham mais de doze anos cada uma, sentadas num dos bancos da Praça da Cinelândia, com uniformes da  Rede Municipal de Educação, cantando em alto e bom som, os chamados "Proibidões do Funk".
Não que isso seja alguma novidade para mim, mas de toda forma é difícil de me acostumar com esse tipo de situação.
Imagino que por trás dessas crianças deva haver um mundo muito particular que, antes se contentava em permanecer dentro das suas limitações geográficas e agora está ganhando espaço territorial.
O ponto crucial da questão é o seguinte: Se aquelas crianças que são estudantes estavam fazendo aquele tipo de apologia à bandidagem, indago sobre as outras que não estudam e vivem a serviço do crime.
Quando clamamos pela revisão do ECA, não estamos pedindo que isso seja feito de forma gratuita, mas que se estabeleçam critérios para avaliação de cada situação. Não vejo como pertinente a redução da maior idade penal, mais a veemente necessidade de se avaliar individualmente cada caso de delinquência. Não se pode colocar sob os mesmos critérios aqueles que se envolvem em delitos leves e os que praticam estupros, latrocínios, crimes com requintes de crueldade e etc......No entanto, não podemos continuar a assistir impunemente a essa situação de total descontrole por parte dos dirigentes e controle total pelo lado dos menores, pois eles conhecem o estatuto melhor do que muitos de nós.

Não é possível que nossos dirigentes não consigam perceber que as crianças estão mais integradas a sociedade cada vez mais cedo. Será que nenhum deles tem filhos, netos, sobrinhos.....?
Hoje, certamente o entendimento e a opção pela vida, marginal ou não, em sociedade, se dá muito mais cedo do que quando eu ou até mesmo meus filhos éramos crianças....Meu sobrinho de nove anos tem um uma capacidade cognitiva de entendimento das coisas que, provavelmente só adquiri bem mais tarde.

Não sou um pessimista nato, mas é difícil de acreditar que esses eventos que estão por vir, principalmente Copa do mundo e Olimpíadas, transcorrerão em clima de tranquilidade. Se no nosso dia a dia, por mais que se fale em pacificação das áreas violentas, não conseguimos ter esta percepção, fico imaginando para o turista que virá a trabalho ou a passeio, principalmente aquele que está habituado a viver uma outra realidade. Temos que tomar cuidados para que ao invés de nos promovermos mundialmente não paguemos um grande mico e viremos motivos de chacota pelo planeta a fora.
Já pensou o gringo ouvindo:  lost playboy!

Nenhum comentário:

Postar um comentário