domingo, 9 de junho de 2013

Faroeste Caboclo ( 2012 - Brasil)

Faroeste CabocloJoão (Fabrício Boliveira) deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Ele quer deixar o passado repleto de tragédias para trás. Lá, conta com o apoio do primo e traficante Pablo (César Troncoso), com quem passa a trabalhar. Já conhecido como João de Santo Cristo, o jovem se envolve com o tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que mantém um emprego como carpinteiro. Em meio a tudo isso, conhece a bela e inquieta Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona loucamente. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance.
Mas, para quem conhece a música que inspirou o filme ficou uma sensação de que faltaram muitas coisas à serem mostradas. Houve uma pincelagem dos trechos que ao meu ver não foram muito bem selecionados. É evidente que a essência da história foi preservada, teve início, meio e fim, e por isso acredito que tenha agradado mais a quem não vivenciou o ápice e o contexto temporal em que a canção foi escrita do que as "viúvas" do bom rock nacional.
Não estou dizendo aqui que o filme não merece méritos, ao contrário, recomendo a todos assistirem, porém minha expectativa foi relativamente frustrada exatamente pelo fato de, como já disse, algumas passagens não terem sido retratadas, o que, ao meu ver, fizeram a diferença no desenrolar da trama, na medida que impossibilitaram mais fidelidade a história musicada por Renato Russo.
Entendo que se fosse para jogar na tela a totalidade da música, provavelmente o filme teria umas quatro horas de duração, mas de qualquer forma ficou a sensação de "quero mais".
Quem viu "Somos tão Jovens" entende plenamente o que quero dizer, pois este retratou, mesmo que de uma forma um pouco mais romântica do que merecia, uma versão bem mais próxima da realidade daquele momento ímpar da musicalidade do país. Já "Faroeste Caboclo" deixou várias lacunas que dariam, sem exagero, um outro filme.
Mesmo assim vale a pena conferir, pois é uma produção nacional de excelente qualidade, com jovens atores interpretando de forma muito convincente os papéis que lhe foram atribuídos, além de sobretudo, fazer mais um registro importante sobre um dos maiores gênios da música nacional de todos os tempos e que, certamente, já entrou para a posteridade.

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