segunda-feira, 28 de maio de 2012

Crônica: Santas ou Putas?

Por mais incrível que pareça, em pleno século XXI, ainda não nos livramos dos esteriótipos que permeiam nossos pensamentos quando se trata de entender o outro.
Somos todos do mesmo balaio, mas insistimos em nos colocar num pedestal de deferimento que nos dá o direito de avaliarmos o comportamento alheio.
Chega a ser inacreditável o fato de se perceber que o entendimento e a compreensão humana não caminham no mesmo ritimo da evolução tecnológica, mas, quase sempre, a passos curtos, vagarosos, sem a menor das vontades.
Por que nós, homens que vestimos calças, somos tão "perfeitos" na hora de avaliarmos o comportamento feminino? Será que somos tão donos do saber para definirmos de bate-pronto o adjetivo que mais se afeiçoa a mulher? Será que somos tão superiores intelectualmente que conseguimos ver estampados em seus rostos a sua verdadeira face? Acho que não!
Toda mulher é mulher, independentemente do que faça e da profissão que exerça, da maquiagem que usa ou que deixa de usar, da religião que pratica ou simplesmente ignora. Em dado momento todas desempenham mais de um papel, da mais conservadora e introvertida a mais descolada e extravagante.
E nós, os machos da sociedade, podemos não declarar, mas, com raríssimas exceções, temos o desejo de mixar as características femininas para nos trazer prazer e satisfação, e assim fazemos.
No entanto, nossos objetivos para com o sexo oposto, materializam nossa imbecilidade. Não existe Santa digna de louvação ou Puta merecedora de castigo. Existe a mulher, e a ela deve-se o respeito.

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