segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cotidiano: Maldita Papelaria!

Perto da  minha casa tem uma papelaria, o que não chega a ser inusitado. Acho que sempre tem uma perto da casa de todo mundo. O que de verdade me chama a atenção é a forma de tratamento dispensada as pessoas que buscam aquele comércio.
Já ouvi dizer que o funcionário é reflexo do patrão. Não sei se acredito nisso, pois prefiro crer que por mais influência que uma pessoa exerça sobre a outra, dificilmente conseguirá torná-la igual. Existem princípios básicos de educação, convívio, valores e etc, que sempre são diferentes e  impassíveis de transformação, penso eu.
Bom, mas o que quero realmente falar é que toda vez que entro naquele lugar sou ligeiramente maltratado. Me sinto como se estivesse pedindo favor, os funcionários me atendem como se estivessem com raiva por eu ter -lhes reduzido o valor da comissão, sendo que não tenho nada a ver com isso, mas é a sensação que fica.
O fato é que tal destrate não acontece somente comigo. Da última vez que lá entrei, fazem 4 dias, enquanto pacientemente aguardava minha vez, fiquei observando a postura dos atendentes perante os clientes. Constatei que o que eu achava ser particular era o "modus operandi" daquela casa comercial. De certa forma me senti aliviado!
 Teve um momento que uma jovem senhora perguntou quanto custava uma determinada pasta plástica que obviamente ela pretendia comprar, e a moça do outro lado do balcão com o dedo rígido e apontado, lhe respondeu "a senhora não está vendo o preço na prateleira"? A inofensiva cliente, deu um sorriso totalmente sem graça e disse "me desculpe".
Como se não bastasse, quando ela foi pagar a bendita pasta que custava dois reais e sacou da carteira uma nota de vinte reais, quase foi espancada pelo suposto dono da loja (que fica no caixa) por não ter o dinheiro de forma trocada. O homem parecia ter tomado como provocação o fato dela dizer que não portava menor valor. Aos urros e praguejando todos os deuses, acabou dando o devido troco a cliente que saiu dali como quem sai de um exame de endoscopia, completamente nauseada.
Eu que ia apenas perguntar se eles faziam recarga para cartucho de impressora e qual seria o preço, preferi não arriscar. Saí de lá à francesa e prometendo a mim mesmo que não mais voltaria.
Não sei se por uma questão de comodismo conseguirei cumprir a promessa, mas uma coisa é fato: O quanto eu puder não me contaminar naquele ambiente, assim farei.
Fico tentando entender como em pleno Século XXI ainda existem pessoas vivendo totalmente desapegadas de conceitos fundamentais, até menos por uma questão de educação e respeito e mais por uma questão de sobrevivência própria.
Se as pessoas que passam por ali sentem o mesmo que senti, não vai demorar muito para o respectivo estabelecimento fechar as portas, fazendo com que funcionários e patrão fiquem à deriva, praguejando o mundo e dizendo que a sociedade lhes foi ingrata...... Será?

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