quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Crônica: Uma Coisa não é Igual a Outra

Por mais que haja boa vontade da minha parte, não consigo me sensibilizar com a "crise do euro".
Ora, desde que o mundo é mundo, sabemos que cada país tem sua particularidade e consequentemente sua forma de lidar com as dificuldades.
Como não bastassem as diferenças econômicas, existem as culturais, as geográficas, e por aí vai...
Fica difícil tentarmos comparar em questão de gosto e valor, por exemplo a laranja com a abacate. Ambos são frutas, no entanto, possuem características completamente diferentes.
Salvo o péssimo exemplo, é mais ou menos o que acontece com a Europa, que até bem recentemente era um continente partido. Ter a pretensão de elevar Croácia, Grécia e Portugal à condição de Alemanha, França e Inglaterra, só pode ser delírio (trata-se apenas de um exemplo).
A Europa é marcada por uma série de diferenciações e alguns países, não fosse a questão geográfica, e levando em conta as suas realidades, mereciam estar localizados no Continente Africano.
A União Européia é um vislumbre. Mais dia, menos dia ela deixará de existir. Não se consegue tratar diferentes como iguais.
Nesse sentido, o inexistente Mercosul é muito mais realista. Apesar de ser o tipo de acordo que agrega muito pouco ou quase nenhum benefício para seus membros, permite que cada país conviva com suas próprias mazelas sem contaminar os demais. Cada um permanece com a sua moeda, seu banco central e sua política econômica.
É claro que não estamos aqui tentando comparar uma coisa com outra, mas apenas demonstrando que as peculiaridades devem ser preservadas. Acho que o Paraguai não tem como ser tratado internacionalmente como o Brasil. Não quero dizer que um seja melhor ou pior do que o outro, mas apenas que possuem características diferentes.
Por isso, volto a afirmar que o que acontecerá futuramente com a Zona do Euro será a sua redução a um bloco de países que possuam as condições necessárias para um acordo dessa magnitude. Afinal de contas iguais devem ser tratados como iguais e os diferentes devem ter suas diferenças respeitadas.

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