domingo, 26 de fevereiro de 2012

Crônica: Buenos Aires (parte II)

É praticamente impossível estar na Praça de Maio e não se emocionar. A Casa Rosada, sede do governo argentino, nem de longe nos lembra a "pompa" de Brasília. Mas aí é que está a questão, pela sua simplicidade, parece estar muito mais próxima da sua razão de existir, ou seja, a servidão ao povo.
Curiosamente, a praça propriamente dita é o local onde acontecem os protestos e reivindicações das mais diversas. As faixas, podemos dizer que permanentemente estendidas nas grades, fazem solicitações de toda ordem e acabam por se tornar parte da paisagem local.
Fica fácil percebermos o quanto eles são mais politizados que nós, o que me remete a pensar que esta politização está diretamente relacionada ao bom nível educacional que possuem, exarcebando um senso de patriotismo invejável. Fiquei admirado ao perceber que praticamente em cada esquina havia uma bandeira do país hasteada, tanto nos prédios públicos, quanto nos de empresas privadas e, pasmem, até mesmo em residências.
A natureza, que é parte integrante do escopo de Buenos Aires, justifica os bons ares que dão nome a cidade. Suas árvores plantadas com planejamento, cuidadas pelo poder público, e preservadas pelos seus habitantes, são mais uma demonstração do quanto são antenados para o conceito de desenvolvimento sustentado, que hoje é o que existe de mais politicamente correto no mundo.

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