domingo, 5 de fevereiro de 2012

Crônica: Turma do Aterro

Como costumo dizer, uma boa amizade vale mais do que dinheiro. Na última sexta feira (03/02/2012) eu e mais onze amigos nos reunimos para relembrar os tempos de "pelada" no Aterro do Flamengo. Haviam alguns que não se viam desde o ano 2000.
Para se ter uma ideia, moro a doze anos no mesmo prédio que o Ronaldo, jogamos juntos, e só fui saber disso agora.
Foi um encontro pra lá de descontraído num restaurante do Largo do Machado.
Foi naturalmente engraçado perceber como as pessoas se transformam fisicamente ao longo dos anos. A começar por mim, hoje com noventa por cento dos cabelos brancos. Alguns usando óculos, outros com uma barriguinha mais saliente, enfim cada um com a mudança que o tempo reservou para si.
No entanto, o mais interessante é que o espírito "moleque" continua presente. Minha mulher costuma dizer que homem não cresce, fica eternamente menino. Já concordo com ela a muito tempo e mais uma vez tive a possibilidade de confirmar isso. Ilustres senhores que passaram dos trinta, quarenta e cinquenta e poucos anos sentados numa mesa e conversando como se estivesse ali uma rapaziada adolescente.
É bacana perceber este "espirito carioca" que  nos cerca, a descontração, a leveza, o orgulho de sermos uma das muitas "turmas do aterro" que vingou e transformou aquele futebol, que nem sempre era dos melhores, um encontro noturno duas vezes por semana, em uma relação de amizade que foi além dos limites do esporte.
Não posso deixar de mencionar a dedicação do Paulinho e do Eduardo! Há muito eles se empenham em fazer acontecer esta reunião, e conseguiram, com louvor.
Claro que por motivos diversos alguns que faziam parte do grupo não puderam comparecer, o Jorge por exemplo. Mas, como toda boa reunião, já saímos dali com o compromisso de realizar uma próxima, dessa vez revivendo todo o início com uma pelada regada a comes e bebes. 
Tenho plena certeza que não conseguiremos ter um terço da performance que tínhamos naqueles tempos, mas isso é o que menos importa, o que realmente tem relevância e não perdermos a liga, não deixarmos essa amizade tão bonita se esvair, é preservarmos os garotos que ainda estão dentro de nós, é saudar a vida, é fazer com que essa amizade possa ser passada adiante por meio de nossos filhos para que eles percebam, que em tempos de tanto individualismo, ainda vale a pena, e como vale, ter verdadeiros amigos.

Um comentário:

  1. Realmente, foi muito legal o reencontro. Oxalá, tenhamos outros mais adiante. Jorge, o nosso grande patriarca, fez muita falta com as suas historietas. Claudio, e a pergunta que não quer calar: "Cadê o Batistuta?" kkkkk

    ResponderExcluir