quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ensaio: Fundamentos Infundados de uma Sociedade (Final)

Não é por acaso que os países mais desenvolvidos economicamente, que outrora deram ênfase a questão educacional, são os que possuem o maior grau de satisfação por parte dos seus habitantes, pois a sociedade que  tem conhecimento dos seus direitos, fiscaliza seus representantes e exige o cumprimento do contrato estabelecido através do voto.
Segundo Maquiavel, os homens possuem uma índole má por essência e por isso não são dignos de confiança, pois são traiçoeiros, vingativos, dissimulados e covardes a ponto de para atingir um objetivo específico não importar o tamanho da maldade a ser realizada. É uma opinião controversa, mas que não pode ser descartada completamente sem antes avaliarmos.
Quando olhamos os diversos sistemas políticos que regem as várias sociedades mundo afora, percebemos que  qualquer um deles ainda não atingiu um estado de satisfação pleno. Uns estão mais próximos disso, outros mais distantes. Podemos dizer também que não existe uma receita pronta. O que é bom para uma determinada sociedade, necessariamente não surtirá o mesmo efeito em outra, pois, há vários fatores que são pertinentes e únicos em cada uma delas.
Ao nos remetermos, por exemplo, ao passado recente da América do Sul, percebemos que todos os países que a compõem se posicionam perante o mundo como democráticos.  Entretanto, podemos facilmente detectar a existência de diferentes formas de se exercer essa dita “democracia,” que no Brasil se apresenta de uma maneira, que não é a mesma da Venezuela, que não é igual a da Argentina, etc...  
O que é na verdade um Estado Democrático? Até que ponto o governo constituído pode e deve permear os direitos do cidadão? Como estabelecer a ordem sem ferir o princípio da liberdade? São questões complexas, mas que não devem ficar sem resposta uma vez que precisamos entendê-las para, a partir de então, tentarmos diferenciar democracia de demagogia.
Quando falamos em Estado Democrático o que realmente queremos abordar são as diversas maneiras que as várias sociedades se utilizam para que os atos do Governo sejam em prol dos seus cidadãos. Há nesse ínterim de se considerar o que cada uma delas anseia para si, pois, questões como religião, racismo e política se apresentam de forma muito particular, fazendo com que haja uma correlação ímpar em se tratando dos meios para se atingir o grau de satisfação necessário, se não de toda sua população, pelo menos de grande parte dela.

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