domingo, 29 de janeiro de 2012

Filme: Che - O Argentino ( 2008 - França, Espanha, EUA)

Che - Cartaz26 de novembro de 1956. Fidel Castro (Demián Bichir) viaja do México para Cuba com oito rebeldes, entre eles Ernesto "Che" Guevara (Benício Del Toro) e seu irmão Raúl (Rodrigo Santoro). Guevara era um médico argentino, que tinha como objetivo ajudar Castro a derrubar o governo de Fulgêncio Batista. Ao chegar ele logo se integra a guerrilha, participando da luta armada mas também cuidando dos doentes. Aos poucos ganha o respeito de seus companheiros e torna-se um dos líderes da revolução que está por vir.
Me empenhei em rever o filme por conta, principalmente, da visita que a Presidente Dilma Roussef estará fazendo a Cuba nesta semana. Não sei bem explicar o motivo, mas tive a sensação de que eu precisava ligar alguns fatos que ainda são meio obscuros, principalmente depois da jornalista e blogueira Yoani Sánchez ter pedido ao governo de seu país a autorização necessária para que ela viaje ao Brasil, onde deve, a convite do Cineasta Claudio Galvão da Silva, comparecer a estréia  do documentário Conexão Cuba-Honduras, em Jequié, na Bahia, prevista para o dia 10 de fevereiro. Sánchez ficou conhecida por manter um blog no qual combate o regime comunista , hoje capitaneado por Raúl Castro, Irmão de Fidel.
Ora, quando Fidel Castro Liderou a Revolução Socialista em Cuba, por meio da luta armada, o objetivo era livrar aquele povo da ditadura sangrenta de Fulgêncio Batista e promover melhorias na condição de vida das pessoas, e como a própria revolução pregoava "entregar Cuba aos cubanos".
Não é isso que percebemos desde a muito tempo. Apesar de terem ocorrido avanços significativos em saúde e educação, paramos por aí. O país hoje é uma espécie de navio encalhado que não tem mais condições de navegar, onde a liberdade de expressão e o direito de ir e vir não existem.
Que revolução foi essa onde se encerrou uma ditadura para começar outra?
Acho que já passou da hora de deixarmos de ser românticos com o país dos charutos e o encararmos como mais um regime autoritário. Estou curioso para saber o que nossa presidente irá fazer lá e se haverá algum tipo de resultado prático após essa visita.
De qualquer forma, fica aqui a dica sobre o filme. Independentemente dos dias de hoje, vale a pena assisti-lo, pois  certamente nos ajuda a entender o processo da dita revolução, que ao meu ver, se assemelha muito mais a um golpe de Estado.

Um comentário:

  1. Gostei de sua comparação de CUBA com um navio encalhado, porém tentando entender também toda essa história, seria mais interessante comparar CUBA com "aquele ônibus" na hora do rush. Quem está dentro quer linhchar o motorista ao parar no próximo ponto, e quem está de fora quer identificá-lo e, se possível, matá-lo, caso não pare, e todos concordam em trocar o motorista, mas ninguém culpa as leis de trânsito e o regime da empresa. Trocar o regime político e o governante muda alguma coisa para os passageiros?

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