sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Opinião: O Haiti não é aqui!

Nada tenho de contra a dizer do povo haitiano. Penso até que pelo estado de miséria e sofridão em que vivem seus habitantes, existe uma alegria até certo ponto incompreensível estampada naqueles rostos sofridos, naqueles corpos desnutridos e naqueles dentes destratados.
Certamente não foi por escolha própria viverem e estarem desse jeito. Ex colônia francesa, apesar de ter sido o primeiro país das Américas, depois dos Estados Unidos, a declarar sua independência, sua autonomia de fato nunca aconteceu, pois continua sendo um dos países mais pobres do mundo.
Não bastassem as mazelas sociais o país ainda sofre com o desprestígio da natureza. Não há muito tempo, em 13 de janeiro de 2010, observamos um gigantesco terremoto em seu território, causado pelo movimento de placas tectônicas, de forma que seus encontros, provocaram um abalo de grande intensidade, sendo comprado por alguns especialistas ao impacto de 30 bombas nucleares.
Muitas pessoas perderam seus lares e ficaram feridas, mas infelizmente muitos outros não tiveram a mesma sorte, pagando com suas próprias vidas por tal acontecimento.
A ONU (organização das Nações Unidas) através de ajudas de muitos paises solidários - o Brasil lidera a Força de Paz - tenta restabelecer (ou implantar) a ordem no país, procurando conter a situação, onde pessoas nas ruas lutam por alimentos e lugares para que possam suprir a perda de seus lares.

No entanto, não podemos confundir bife de caçarolinha com rifle de caçar rolinha. A invasão haitiana que está acontecendo no Brasil, principalmente pelo município de Brasileia no Estado do Acre, ao meu ver é inaceitável. Entendo que qualquer pessoa tem o direito de buscar o melhor para si, seja onde for, mas tudo tem limites! Na verdade minha crítica é mais contra o que está fazendo, ou melhor, o que não deveria estar fazendo, o governo brasileiro.
Por mais que tenhamos conquistado o título de "sexta economia do planeta", isso de forma alguma significa dizer que deixamos de ser um país pobre. Ainda temos um nível de educação sofrível, um sistema de saúde completamente ineficiente, figuramos entre as nações mais corruptas do mundo onde a justiça só existe para uma minoria privilegiada, falta saneamento básico, infra-estrutura e outras coisas elementares à uma vida digna para nossa população.
Não sou a favor de se dar um tratamento repressivo aos haitianos que estão entrando ilegalmente no país, mas também sou contra ao governo distribuir indiscriminadamente "vistos de permanência com caráter humanitário". Ora, isso pode abrir um precedente com consequências desastrosas a médio prazo. Nossa relação com a pobreza já é grande o suficiente se considerarmos somente as condições de vida da maioria dos brasileiros. Se queremos ajudá-los, assim faremos, mas de modo a não piorar o que já é muito ruim. Se a coisa continuar no ritmo que se encontra, daqui a bem pouco tempo a população invasora será maior que os habitantes de Brasileia, isso sem considerar o fato de que pessoas de outros países com um nível de miséria semelhante venham a adotar a mesma prática, por achar que o Brasil é o novo eldorado do mundo.
Nós brasileiros somos receptivos por natureza, não nos negaremos a ajudar a quem tem menos, mas para que a situação não fuja do controle há de se estabelecer urgentemente uma postura ordeira. Cabe ao Governo Federal tomar medidas severas para conter essa invasão em massa, pois não podemos correr o risco de termos um Haiti a mais, os nossos já nos bastam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário